A partir de
hoje inaugura-se a rubrica semanal da Juliana, uma Beagle de ensino
universitário reformada e muito especial que, nos seus 6 anos de serviço à
faculdade, aprendeu muito sobre veterinária. A ideia será, todas as semanas,
apresentar um "palavrão" diferente e explicá-lo à moda da Juliana (que é uma moda
muito científica!).
No nosso primeiro “A Juliana explica” vamos falar do
conceito de “zoonose”:
De acordo com a OMS, zoonose é qualquer doença ou infeção
(bacteriana, viral, parasítica ou outra) transmissível ao ser humano por
qualquer animal vertebrado. Deste modo, as zoonoses além de serem um problema
de saúde pública criam, entre outros, obstáculos ao comércio internacional
de produtos de origem animal.
Ao longo dos anos foram descobertas e descritas mais de 200
patologias consideradas zoonóticas. Aqui ficam alguns exemplos:
- Salmonelose;
- Leptospirose;
- Cisticercose/ténias;
- Toxoplasmose;
- Raiva;
- Gripe aviária;
- Tinha;
- Sarna;
- BSE (Doença das Vacas Loucas; doença de Creutzfeldt-Jakob
em humanos);
- Leishmaniose
- Entre muitas muitas outras…
Existem pessoas com maior probabilidade de serem contagiadas
como, por exemplo, indíviduos imunocomprometidos/imunodeprimidos (crianças, idosos,
grávidas, pessoas com doenças crónicas e/ou debilitantes; seropositivos;
pacientes com cancro, transplantados e/ou submetidos a terapias com
imunossupressores, etc.).
A transmissão destas doenças pode dar-se de diferentes
maneiras (contacto directo – cutâneo, aerógeno, ingestão, etc.; indirecto – por exemplo
águas ou alimentos contaminados; através da picada de mosquitos que foram
infectados quando picaram o animal…) e a sua prevenção depende da patologia em
questão.
De um modo geral, estaremos mais seguros se seguirmos alguns princípios
básicos de higiene e prevenção de doenças nos nossos animais de companhia:
- Cozinhar bem os alimentos e lavar bem os vegetais e frutos;
- Lavar as mãos com frequência (e sempre que vai limpar as necessidades dos nossos bichinho; grávidas: não limpem a caixa de areia do gatinho! Peçam a alguém para o fazer por vocês!);
- Vacinar e desparasitar os nossos animais de estimação com
a frequência recomendada pelo médico veterinário assistente;
- Fazer a prevenção contra a picada do mosquito da leishmaniose
com spot-on E coleira repelente (no caso do cão);
- Etc...
E por hoje é tudo… Dúvidas?
P.S: Enquanto eu, Juliana, era submetida à humilhação de ter
de tirar uma fotografia comprometedora com uma folha ao pescoço, o Valentim estava descansado da vida a aproveitar para “fechar os olhos” na cama da irmã humana.
Bom dia Juliana! E esse mosquito ataca só no verão ou também no Inverno?
ResponderExcluirBom dia! Teoricamente durante o inverno o safadinho do flebótomo (o tal "mosquito") está na forma larvar e só no início da primavera se começam a observar insectos adultos. O risco de picada durante o Verão é muito superior mas o conselho da Juliana é fazer a prevenção (com uma coleira repelente, por exemplo), durante todo o ano.
ResponderExcluirAdorei a Ju-ju e o Valentim!!!
ResponderExcluirBj S
Ahah obrigada :) Eles também agradecem!*
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